Recentemente a Monditalia - uma das três exposições sendo preparadas para a Bienal de Veneza deste ano - divulgou um pequeno gráfico que mostra o número de arquitetos por habitantes em 36 países.
O gráfico mostra que a Itália tem uma porcentagem surpreendentemente alta de arquitetos em sua população: de cada 414 italianos, um é arquiteto. Segundo o gráfico, Portugal, Dinamarca, Alemanha, Bélgica, Espanha e Grécia apresentam, todos, proporções maiores que um arquiteto para cada mil habitantes. Já no Brasil a proporção é de um arquiteto para cada 2.500 habitantes. No final da lista temos a China, com apenas um arquiteto para cada 40 mil pessoas.
É claro que, por ser apenas um gráfico divulgado via twitter (mais informações serão, sem dúvida, divulgadas quando a Bienal for aberta em junho), uma série de questionamentos podem ser feitos em relação a estes dados (quais as fontes destas estatísticas? Seriam precisas?). Contudo, o simples gráfico já levanta uma infinidade de questões interessantes.
Sob o foco da recessão europeia, temos abordado bastante o tema dos mercados saturados de arquitetos, bem como a questão das grandes migrações destes profissionais para outras regiões do globo. Contudo, este gráfico nos permite analisar a questão de um modo diferente: existe uma "proporção ideal" de arquitetos por habitantes? E, se houver, qual seria? 1:2.500, como no Brasil? 1:40.000, como na China? Quantos arquitetos são necessários? Além disso, deveria a proporção ser alterada de acordo com o crescimento ou estagnação econômica? Deveríamos tentar controlar o número de estudantes de arquitetura para manter a "proporção ideal"?
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